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simply dreamer, sportsman

terça-feira, maio 30, 2006


o homem do saxofone está de volta... [actualizado]

O ícone da tradição jazzística de Cantanhede ganha mais uma internacionalização. É que Cantanhede tem uma tradição de jazz (nomeadamente a corrente dixie) a perder de vista...

Não obstante o valor cultural do evento, importa aqui deixar algumas notas:

:1 - o carácter internacional do festival a fazer fé num histórico bem recente (em regra, os grandes eventos nascem de uma pequena ideia ou projecto);

:2 - a importação de um conceito cultural estranho à realidade local (quanto mais nacional);

:3 - a negligência da identidade cultural do município de Cantanhede, disvirtuando, por exemplo, o património filarmonístico municipal;

:4- a ofensa grave ao contribuinte e ao erário público quando o mote é cortar despesa;

:5 - do anterior também se observa, com o alto patrocínio do executivo municipal, o envio de 2 técnicas superiores a terras do tio Sam com o objectivo de observar in loco a organização de um festival do género (somos bons, sempre o fomos, a copiar as ideias dos outros);

:6 - por conseguinte, emerge a dúvida quanto ao papel da produtora Jacinto Santos - entidade responsável pela organização, concepção e programação do festival e a experiência da mesma na partilha de experiências no âmbito do jazz de rua - no que concerne ao caderno de encargos assumido com município/INOVA EM e, por acumulação, a necessidade de destacar as técnicas supracitadas; pois, quanto paga o município (o contribuinte cumpridor anónimo ou outro) por tais devaneios festivaleiros?;

:7 - cultura é um acto nobre e não um produto de consumo imediato (com todo o respeito pelo fenómeno dixieland).


a alma lusitana sempre foi festeira... esquecendo esse coletivo que há mais vida para além da festa!

opinion maker: césar francisco jun2006