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terça-feira, fevereiro 14, 2006


CANTANHEDE: UM CONCELHO LIMPO

A propósito...

Exmo. Sr. Presidente da
Câmara Municipal de Cantanhede

Incredulidade e desilusão são apenas dois dos inúmeros substantivos que podem ilustrar o sentimento de quem clama por uma solução, algures à deriva, e, mais que tudo, não encontra motivos de impedimento para que seja apresentada a resposta adequada ao problema ora denunciado.
Há também a registar previamente a crença de que os slogans presidente de confiança, homem autêntico, ainda mais sempre melhor, elevada capacidade de diálogo e geradora de consensos e da experiência, da realização e da capacidade de gestão não tenham sido apenas palavras de sedução vãs e efémeras, ainda para mais, da repercussão dessas mesmas qualidades naquilo que são as responsabilidades de governamentalização municipal equitativa, solidária, apartidária e de patrocínio à excelência em termos de defesa e de exercício de serviço público.
Num acto de antecipação, cabe rejeitar liminarmente qualquer manifestação avulsa reclamando eventual facciosismo, prepotência, má-formação ou outras menções negativamente discriminatórias, com especial referência às interpretações abaixo enunciadas e que podem apontar, obviamente, a sua autoria.
Ao seleccionar como referência a data de 9 de Outubro de 2005, volvidos, portanto, quatro meses, houve lugar a denúncia para a presidência do município de Cantanhede, via correio electrónico, em 22 de Dezembro de 2005, 13h:11m, do seguinte:
“(…) os serviços por V. Exa. tutelados ainda não terem exercido a forma operacional de limpar os materiais de campanha enunciados em epígrafe.
(…) solicitamos a V. Exa., com carácter de urgência, a remoção material acima enunciado - uma lona em forma de coluna, aposto junto de um poste de iluminação. (…)”
A referência fazia eco de uma unidade de material amovível de propaganda eleitoral não removida na localidade da Quinta da Ferreira, parcela do município de Cantanhede.
O Gabinete de Apoio ao Munícipe da Câmara Municipal de Cantanhede agradece, via correio electrónico, em 29 de Dezembro de 2005, 11h:48m, a informação contida e ultimando com “afim de podermos proceder à sua remoção”.
Inexplicável o cúmulo de pérfidas intenções face ao cronológico dos factos. O tempo marca no calendário meados de Fevereiro de 2006 e o material em questão vegeta para mais de um semestre!
Avaliação ousada ou não, as interpretações a anotar são óbvias:
* Ou um presidente de câmara não é capaz de pegar de cernelha na pesada máquina administrativo-burocrática da qual é responsável máximo e se sente impotente de resolver aquilo que uma simples ordem (e directa) costuma resolver no espaço e no tempo;
* Ou faz tábua-rasa dos normativos legais aplicáveis ao caso, nomeadamente, a Lei Orgânica 1/2001, de 14 Agosto, e a legislação complementar (e também a Secção IV, Artigo 30º, ponto 3, do Regulamento Municipal de Ambiente);
* Ou ignora a elegibilidade e as competências da Comissão Nacional de Eleições;
* Ou omite a denúncia e a contribuição voluntária de um eventual munícipe;
* Ou, então, manifestamente, prescreve um simples acto de provocação.
Para os demais, nunca será demasiado lembrar que face a qualquer problema há-de resultar uma solução adequada e célere, averiguando e reconhecendo eventuais culpas e responsabilidades no que ao problema reporta.
A parte ora denunciante declara estar de consciência tranquila face ao assunto em discussão. A participação cívica ora colectiva, ora individual e o exercício pleno dos direitos e deveres enquanto munícipes de Cantanhede serviram, e servirão, obviamente, de motivo para trilhar a via de desenvolvimento da nossa terra.
Que desta carta aberta haja conhecimento por parte da comunicação social local e regional e que esses mesmos órgãos de notícia decidam em consciência colectiva e informativa o procedimento a dar ao assunto.

“Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco” (François La Rochefoucauld)


Cumprimentos pessoais.

César Francisco